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Escovas de dentes de madeira

TÉCNICAS DE ESCOVAÇÃO E

TIPOS DE ESCOVAS DENTÁRIAS:

Ana Júlia Castanheira;
Gabriela Angelina Ricardo;
Júlia Carolina Ferreira.

Atualmente, a cárie dentária e as doenças periodontais tem se tornado pautas de preocupação na Saúde Bucal. As principais consequências da má higiene bucal são: gengivas que sangram ou doem com frequência; mau hálito persistente e depósitos amarelo-acastanhados sob a superfície dentária.

É evidente que a escovação dentária é um método de menor custo e menos invasivo para evitar esses problemas, além do uso correto do fio dental, ter uma dieta adequada com baixa ingestão de açúcares, acesso à água fluoretada e visitas periódicas ao cirurgião- dentista.

 

Preferencialmente as escovas dentárias devem seguir alguns requisitos, como:

  • Cabeça: retangular, pequena ou apropriada à boca do paciente;

  • Cabo: deve conter um contorno anatômico para facilitar a pega;

  • Cerdas: devem ser extra- macias ou macias, compostas por nylon ou poliéster, conter de 3 a 4 fileiras de cerdas.

Tipos de Escovas Dentárias:

  • Escovas com Indicadores de Troca: Um corante é adicionado a suas cerdas, quando elas começam a se desintegrar ou se deformar esse corante começa a sair das cerdas.

  • Escovas Elétricas: Possuem acionamento automático das cerdas.

  • Escova Ecológica: É fabricada com bucha vegetal e bambu.

  • Escovas Interdentais: São instrumentos pequenos, em formato de guarda- chuva, bem flexíveis, para que possam ocupar os espaços interdentais.

  • Escova Monobloco: São produzidas a partir de uma única operação industrial.

  • Escova para Próteses Totais: São desenvolvidas para próteses totais, por isso sua cabeça é anatômica, e suas cerdas são mais duras.

  • Escovas Unitufo ou Bitufo: O desenho das cerdas são geralmente em formato de V ou são em duas fileiras, com sulcos.

 

É indispensável trocar a escova dentária quando necessário para que o controle da placa bacteriana nos dentes seja efetivo, essa troca se faz necessário individualmente, ou a cada 3 meses.

As escovas devem ser guardadas em local limpo, sem contato com a umidade para que possam secar, não devem entrar em contato com outras escovas, além de serem guardadas higienizadas, ou seja, sem resíduos de produtos que foram utilizados na escovação ou restos de alimentos.

Além das variações de escovas dentárias, há diferentes técnicas de escovação. Elas são indicadas para cada tipo de paciente de acordo com a sua necessidade.

As técnicas são definidas de acordo com o movimento final da escova sob a superfície do dente:

  • Técnica Rolante: Rolling Stroke;

  • Técnica Vibratória: Stillman;

  • Técnica Circular: Fones;

  • Técnica Vertical: Leonard;

  • Técnica Horizontal: Esfregação.

Indicações:

 

  • Crianças em idade pré- escolar: Técnica de Fones, Stillman modificado, e Bass.

  • Pacientes Periodontais: Técnica de Stillman modificado, e Bass modificada.

  • Bebês até o nascimento dos primeiros dentes: Higienização com gaze úmida com água filtrada, usando a técnica de joelho a joelho, em que o bebê fica sob o colo da mãe , um com o joelho voltado para o outro, assim a mãe tem maior controle sobre os movimentos e sobre a criança.

  • Crianças a partir do nascimento dos primeiros dentes: uso de escova adequada, creme dental na quantidade de um grão de arroz, sempre com o auxilio dos pais.

  • Crianças maiores de 3 anos: a criança deve ficar na posição de Starkey, onde ela fica posicionada em pé de costas para a mãe com a cabeça encostada contra ela, uma das mãos escova os dentes e a outra afasta mucosa e lábios.

 

  1. Técnica de Fones: Essa técnica é indicada para crianças em idade pré-escolar e para pacientes com menos coordenação motora. Ela consiste em movimentos circulares nas faces vestibulares e linguais de todos os dentes, sendo que nas faces linguais ou palatinas a escova deve ficar verticalmente em relação ao longo eixo do dente, e nas faces oclusais devem ser realizados movimentos no sentido ântero- posterior.

  2. Técnica de Bass: É indicada para pacientes com doenças periodontais, exige coordenação na realização dos movimentos, portanto deve ser indicada com cautela. A cabeça da escova deve ficar em 45º graus em relação à superfície dentária, as cerdas devem penetrar o sulco gengival por volta de 5mm, devem ser realizados movimentos vibratórios e de vai e vem horizontalmente, a pressão exercida das cerdas contra o sulco e as faces interproximais devem levar a isquemia do tecido gengival. Deve- se escovar de 3 em 3 dentes, nas faces oclusais movimentos curtos e de vai e vem devem ser realizados.

  3. Técnica de Bass Modificada: Consiste no mesmos movimentos da técnica original, apenas há um acréscimo, a cada grupo de dentes escovados deve ser realizado um movimento de rolagem da escova em sentindo oclusal.

  4. Técnica de Stillman: Essa técnica é indicada para crianças com idade superior a 7 anos e pacientes com retração gengival múltipla. A cabeça da escova deve ser colocada a 45º em relação ao longo eixo do dente, as cerdas não devem penetrar o sulco gengival, mas  devem ficar parte repousando sob gengival e a outra parte na cervical, portanto devem ficar em direção a apical, exercendo uma leva pressão contra a margem gengival, os movimentos devem ser realizados em grupos de 3 dentes. Nas faces oclusais devem ser realizados movimentos de vai e vem curtos, pressionando bem contra fissuras.

  5. Técnica de Stillman Modificada: A técnica é semelhante a original, mas existe um acréscimo, nas faces oclusais após a escovas dos grupos de 3 dentes deve- se realizar movimentos de rolagem.

Considerações Finais:

A remoção mecânica do biofilme dentário não é uma técnica falida, desde que a técnica seja executada de forma correta pelo paciente. A partir do momento em que a técnica é realizada de forma correta ela consegue sanar grande parte da cárie, e doenças periodontais, além de agir como uma forma de prevenção.

 

Referências:
Escovas Dentais- Olavo Bergamaschi Barros. Disponível em:
https://ojs.ict.unesp.br/index.php/cob/article/view/104 . Acesso em 28/02/2020.
Cariologia: Conceitos Básicos, Diagnóstico e Tratamento não restaurador.

Acesso em 28/02/2020.

Odontopediatria- Antonio Carlos Guedes Pinto. Acesso em 28/02/2020

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